O favorito de Temer para o STF

Com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, que ocorrerá no próximo ano, todo o Brasil está esperando para ver quem será o próximo membro da Suprema Corte. A decisão cabe ao presidente Michel Temer, que tem o poder de escolher um dos muitos juristas, advogados e magistrados que estão na lista de possíveis indicados. Embora a escolha não seja fácil, já há alguns nomes que começam a se destacar como favoritos do mandatário.

O primeiro nome que é especulado é o de Ives Gandra Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Filho de um renomado civilista e professor universitário, Gandra tem uma carreira de sucesso como juiz dos tribunais trabalhistas. Sua escolha traria uma clara tendência conservadora ao STF, pois ele é conhecido por ser um defensor da reforma trabalhista e por suas posições pró-empregador.

Outro candidato que vem sendo cogitado é o do jurista Luiz Edson Fachin, atualmente ministro do STF. Fachin é reconhecido por sua capacidade como professor e pesquisador acadêmico, tendo publicado vários artigos e livros sobre direito constitucional. Ele também é visto como um juiz independente e progressista, que se preocupa com as questões sociais e com o bem-estar das minorias.

Uma terceira possibilidade seria o magistrado Guilherme Calmon Nogueira da Gama, que atualmente atua como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Gama estudou direito na Universidade de Brasília e fez sua carreira a partir de sua atuação na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Sua escolha para o STF seria um tanto surpreendente, pois ele nunca foi mencionado como possível candidato ao cargo e, até agora, não tem status nacional. Alguns analistas apontam, no entanto, que sua falta de vínculos políticos ou partidários pode ser positiva, tornando-o uma escolha mais técnica e menos influenciada por grupos de pressão.

Embora ainda seja incerto quem será o próximo ministro do STF, é certo que a escolha do presidente Michel Temer terá um impacto duradouro nas futuras decisões da corte. Como aposentadoria de Celso de Mello se aproxima, o país inteiro aguarda ansiosamente para ver quem ocupará sua vaga. Qualquer que seja a decisão do mandatário, ela afetará a imagem e a história do STF por muitos anos futuros.